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Dicas para economizar água e energia elétrica em seu condomínioNOVIDADES - sexta-feira, 13 de março de 2015
Introdução
Cuidar bem da água e usá-la com sabedoria é uma necessidade cada vez mais presente. Afinal, esse insumo tão precioso está cada vez mais escasso.
Como a água é barata no Brasil – sim, apesar de ser o segundo item mais pesado no orçamento dos condomínios, por aqui pagamos apenas pelo seu uso e não pelo recurso natural –, se passa a falsa sensação de abundância.
Por isso, síndicos, funcionários e moradores de condomínio devem fazer a sua parte, usando com consciência esse bem tão precioso.
E, ainda bem, há bastante espaço para melhorias no padrão de consumo dos condomínios: individualização de hidrômetros, reuso da água da chuva e campanhas de conscientização para moradores e funcionários impactam positivamente no perfil do uso da água.
Com essas medidas, além da economia da água, há também uma diminuição da conta, o que é um ganho positivo para todos.
Conheça o nosso Guia de uso consciente da água. Dessa forma, o meio ambiente e seu condomínio saem ganhando!
Por quê falta água?
Entenda a gravidade da situação no planeta- A ONU estima que, nos próximos 25 anos, dois em cada três habitantes do planeta vão enfrentar problemas no abastecimento de água limpa.
- Principais causas: crescimento populacional, poluição das águas, desperdício na distribuição e no uso, e mudanças climáticas.
- Menos de 1% da água de todo planeta é doce e está disponível para o consumo humano. Não ajuda também a poluição de mananciais. No Estado de São Paulo, metade das bacias hidrográficas se encontram em situação ‘crítica’ ou ‘de alerta’ quanto ao grau de utilização - ou seja, no máximo 50% do volume de água pode ser aproveitado.
- O Brasil desperdiça o dobro da média dos outros países, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República. A água perdida em tubulações envelhecidas ou desviada por ligações clandestinas chega a 38% da oferta total. Na região Norte esta perda chega a 52%.
Fontes: Greenpeace; Instituto Trata, Conteúdo SíndicoNet
Conscientização de condôminos
Incentive os moradores a economizar águaNo banheiro
- Torneira pingando: conserte o mais rápido possível. Economia média de 46 litros/dia
- Não use o vaso sanitário como lixeira . Acionar a válvula de descarga gasta-se, em média, 20 litros de água.
- O banho deve ser rápido. 5 minutos são suficientes para higienizar o corpo e pode economizar muita água
- Não tome banhos demorados. 15 minutos, com chuveiro elétrico, gasta em apto. 140 litros de água
- Um banho de ducha, por 15 minutos, consome 240 litros de água
- Se você reduzir o tempo do banho de 15 para 5 minutos economizará até 90 litros de água em casa
- Se fechar o registro ao se ensaboar e reduzir o tempo do banho para 5 minutos, o consumo será de 80 litros de água
- Fazer a barba em 5 minutos gasta-se 12 litros de água. Com economia o consumo cai para 2 a 3 litros
- Torneira fechada ao fazer a barba, há uma economia de até 11 litros de água
- Escovar os dentes com a torneira não muito aberta, em 5 minutos, gasta 12 litros de água
- Economize mais de 11 litros de água escovando os dentes com a torneira fechada
- Mantenha a torneira fechada, enquanto escova os dentes. Você economizará 11 a 79 litros de água
Na cozinha
- Você sabia que ao se utilizar 1 copo de água, são necessários pelo menos outros 2, de água potável, para lavá-lo?
- Antes de lavar os pratos e panelas, limpe bem os restos de comida e jogue-os no lixo
- Deixe a louça de molho na pia, com água e detergente, por uns minutos e ensaboe. Repita o processo e enxágue
- Lavar a louça, por 15 minutos, com a torneira meio aberta, consome 120 litros de água
- Ao lavar a louça, sem desperdício, o consumo pode chegar a 20 litros de água
- Use máquinas de lavar roupas e louças com a capacidade máxima. Acionando os equipamentos a metade das vezes, economizará em média 50 litros/dia
Recursos usados para economizar água
Sistemas e intervenções que ajudam a reduzir o consumo d´água em condomínios1) Inspeções de rotina contra vazamentos
A melhor medida profilática para a economia de água é a vistoria periódica de todas as válvulas e torneiras do edifício. Assim, a cada seis meses, a medida deve ser botada em pauta e votada em assembleia.
No ato da vistoria, o técnico identificará se há desperdício de água devido aos vazamentos, e se estes devem ser arrumados pelo condomínio ou pelas unidades, individualmente. Se o problema for gerado pelo mau uso dos equipamentos, então é o condômino quem deve arcar com as despesas.
Inspeções periódicas contra vazamentos em todo o condomínio também podem e devem ser feitas pelo zelador.
Vale sempre combinar com os moradores antes que o zelador irá passar pelas unidades para verificar se há focos de vazamento, mantendo todos, assim, a par da situação
2) Individualização dos hidrômetros
Essa é, sem dúvida, a principal medida para economizar água em condomínio. Uma vez que cada um paga o que consome em sua unidade, esse é o maior fator de motivação para uma diminuição no uso da água.
No sistema tradicional, o condomínio rateia o gasto total de água entre os moradores.
O custo do investimento na individualização dos hidrômetros vem caindo sistematicamente nos últimos anos. Vale a pena fazer um orçamento para o seu edifício e calcular em quanto tempo haverá um retorno do investimento.
3) Redutores de vazão- Instalados em chuveiros e torneiras geram uma boa economia de água.
- Esses aparelhos podem ser sofisticados, como as torneiras automáticas ou com leitores fotoelétricos, ou simples, como redes de ferro que direcionam a água. Os gastos têm retorno garantido, uma vez que a economia começa logo que são instalados.
4) Troca de vasos sanitários- A troca de vasos sanitários significa economia. As bacias e válvulas mais antigas despejam entre 12 litros e 24 litros de água por descarga. Já os vasos com caixa acoplada diminuem esse volume para 6 litros.
- Há no mercado vasos sanitários "inteligentes". Há, na caixa acoplada, dois botões distintos que despejam 3 litros ou 6 litros de água, dependendo da necessidade do uso na descarga.
- O síndico pode convocar uma assembleia para aprovar a substituição de todos os vasos sanitários da área comum do edifício, e estimular a troca nas unidades. Dessa forma, todos ganham – e muito – com a economia de água, seja nas áreas comuns ou nas unidades
- Algumas empresas financiam a troca dos vasos sanitários.
5) Reaproveitamento da água da chuva- Alguns condomínios optam por construir reservatórios para armazenar a água das chuvas ou reaproveitar . Essa água seria usada para a limpeza de áreas comuns e também para regar os jardins.
- Outros condomínios se utilizam do reservatório para escoar a água da chuva já existente, para bombear a água acumulada para fora do subsolo, e assim reaproveitá-la para limpeza de áreas comuns.
- O síndico deve avaliar se o investimento, relativamente alto, vale a pena diante do volume de água que é tradicionalmente utilizado para esses fins.
6) Reuso da água
- Trata-se da implementação de uma pequena estação de tratamento de águas de uso "nobre" (banho e pias) para reutilização em fins "menos nobres", como descargas, lavagens de pisos e outros.
- No Brasil, o sistema está sendo bastante utilizado por indústrias, e começa a ser utilizado em novos condomínios.
7) Aquecedores- A forma mais econômica para o aquecimento da água é quado isso ocorre diretamente nas saídas (torneiras e chuveiros), em vez de se utilizar um aparelho central. Isso porque, a cada vez que vai usar água quente, o morador precisa esperar que toda a água fria saia do encanamento. Isso gera um gasto desnecessário.
- Se possível, recomenda-se que, ao menos, o aquecimento das torneiras das pias sejam elétricos, ou seja, instalados diretamente nas saídas.
- Aquecimento através de boilers elétricos também evitam desperdícios, mas menos que os aquecedores eléticos individuais
8) Eliminador de ar- Em muitos lugares, uma parte da conta de água é causada pela passagem de ar pelo hidrômetro.
- As válvulas eliminadoras ou bloqueadoras de ar, são instaladas antes (ou depois) do hidrômetro e prometem acabar com este problema. Mas a economia não é garantida. Depende muito da região em que se situa o condomínio e se há entrada de ar frequente na tubulação da concessionária de água responsável.
- Algumas concessionárias ainda não aceitam o produto.
Segue abaixo algumas dicas para economia de energia elétrica em Condomínios:
- Utilize sempre que possível a iluminação natural, abrindo janelas, cortinas e persianas em ambientes como o hall social, a sala de visitas, o salão de festas, o salão de jogos etc.
- Instrua os empregados a desligarem as lâmpadas de dependências desocupadas exceto aquelas que contribuem para a segurança.
- Limpe regularmente paredes, janelas, pisos e forros. Uma superfície limpa reflete melhor a luz, o que permite manter menos intensa a iluminação artificial.
- Limpe regularmente as luminárias, lâmpadas e demais aparelhos de iluminação. A sujeira acumulada reduz a iluminação.
- Substitua, se possível, os difusores transparentes amarelados ou opacos por difusores de acrílico claro, com boas propriedades contra amarelamento, pois eles permitirão melhor distribuição de luz.
- Substitua luminárias antiquadas ou quebradas por luminárias mais eficientes, de fácil limpeza e, de preferência, com lâmpadas expostas, que, desse modo, poderão ser de menor potência.
- Quando o fator estético não tiver importância, retire o acrílico e o globo, que absorvem grande parte do fluxo luminoso. Você poderá, assim, utilizar lâmpadas de menor potência.
- Não use lâmpadas incandescentes de bulbo fosco dentro de globos. É preferível utilizar lâmpadas com bulbo transparente. As lâmpadas de bulbo fosco foram criadas para minimizar o efeito ofuscante e apresentar uma luz confortável, suave e difusa, mas também absorvem uma parte da luz emitida pelo filamento.
- Como o globo elimina o ofuscamento, o uso de lâmpadas de bulbo fosco acarretará menor iluminação e poderá exigir lâmpadas de maior potência.
- No hall social, na entrada e na marquise do seu prédio, a instalação de lâmpadas incandescentes embutidas no teto é uma péssima solução do ponto de vista da utilização de energia. A eficiência do conjunto torna-se muito reduzida, o aquecimento é excessivo e a vida útil da lâmpada também se reduz, por falta de ventilação adequada. Sugerimos rebaixar a lâmpada e reduzir sua potência, ou usar lâmpadas refletoras de menor potência. As lâmpadas de 100 Watts podem ser substituidas por lâmpadas de 60 Watts ou 40 Watts, o que proporcionará uma redução de 40% a 60% no consumo de energia elétrica nesses locais. Outra opção são as lâmpadas fluorescentes compactas.
- Nos corredores, no hall social e nas escadas, verifique a possibilidade de substituir as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas.
- Refaça, se possível, a instalação dos circuitos de interruptores, para permitir o desligamento parcial de lâmpadas em desuso ou desnecessárias.
- Em locais onde houver muitas lâmpadas acesas, verifique a possibilidade do desligamento alternado.
- Se há na garagem luminárias com lâmpadas fluorescentes comandadas em grupo, estude a possibilidade de instalar interruptores individuais comuns ou do tipo pêra (pendente). Eles permitirão o desligamento parcial de determinadas lâmpadas, evitando a iluminação plena todo o tempo.
- Nas garagens, procure iluminar somente as áreas de circulação de veículos, e não diretamente os boxes.
- Ao desativar uma ou mais lâmpadas fluorescentes, não se esqueça de desligar também o reator. Caso contrário, ele continuará consumindo energia elétrica, reduzindo a sua vida útil.
- Rebaixe as luminárias instaladas entre as vigas do teto da garagem. Com isso, a intensidade da iluminação aumentará, podendo, inclusive, reduzir o número de lâmpadas.
- Onde for possível, use uma única lâmpada de maior potência no lugar de várias lâmpadas de menor potência.
- Tratando-se de lâmpadas de um mesmo tipo, as de maior potência são, em geral, mais eficientes que as de potência menor.
- Ao fazer reforma no prédio, evite pintar com cores escuras as paredes dos halls dos elevadores, escadas e corredores, pois elas exigirão lâmpadas mais fortes, com maior consumo de energia elétrica.
- Em áreas externas (jardins, estacionamentos, áreas de lazer etc.), estude a possibilidade de substituir as lâmpadas existentes por lâmpadas a vapor de sódio a alta pressão (VSAP), que fornecem mais luz com menor consumo de energia elétrica.
- Analise também a possibilidade de instalar fotocélulas ou temporizadores para controle de iluminação.
- Utilize somente lâmpadas de tensão compatível com a tensão da rede da concessionária.
- Em caso de dúvida, consulte sempre a concessionária.
- Se o seu prédio não tem interruptores temporizados para as lâmpadas dos corredores e garagens, você pode instalar um dispositivo chamado minuteria, que permite manter acesas temporariamente as lâmpadas desses locais. Dessa maneira, utiliza-se a iluminação de forma racional e reduz-se gradualmente o consumo de energia elétrica.
- Existem no mercado dois tipos de minuteria: a eletrônica e a eletromecânica. Cada uma delas pode ser instalada no sistema coletivo (várias lâmpadas) ou no individual (uma ou poucas lâmpadas).